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Fala, Jornalista: supervisor de imprensa da CBF debate os desafios da profissão


Formado em Jornalismo desde 2011, Tiago Piontekievicz iniciou sua carreira em uma agência de publicidade. Após formado, recebeu uma proposta de trabalho em Rio do Sul - SC, na área de Jornalismo. Ficou neste emprego até 2014, quando foi convidado a trabalhar no atendimento aos jornalistas que chegavam aos estádios de futebol na cidade de Curitiba - PR, durante a Copa do Mundo deste mesmo ano. E essa relação com o futebol se mantém até hoje.


Desde 2015, paralelamente a outros trabalhos, Tiago cobre jogos como supervisor de imprensa para a Federação Paranaense de Futebol. A experiência lhe trouxe o convite para ser a Supervisor de Imprensa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cargo que ocupa atualmente.



Confira a entrevista completa:

 

Por que você decidiu trabalhar com jornalismo?

Quando adolescente, eu pensava muito em uma forma de ser útil para a sociedade, achar uma maneira de mudar as coisas, de ter uma participação nessa mudança. Eu era um jovem muito idealista, queria fazer parte de uma solução. Eu vi no jornalismo uma forma de fazer isso, levando os problemas ao mundo, para que fossem resolvidos.  

 

Como você vê o cenário atual do jornalismo no Brasil?

O cenário atual mudou bastante. Quando eu fiz faculdade, o jornal impresso ainda era muito utilizado, hoje esse tipo de jornal praticamente caiu em desuso. Infelizmente, junto desta nova era da comunicação, a da internet, tivemos vários problemas que surgiram, como a questão das fake news. Outro ponto importante para se falar é o surgimento de pessoas que não são formadas jornalistas, mas têm uma opinião mais forte do que um veículo jornalístico. Acho a formação necessária para comunicar bem, de forma correta e honesta.

 

Você acha que as redes sociais atrapalham o jornalismo?

A meu ver elas atrapalham, pois aumentam a propagação de fake news, mas também nos ajudam de várias formas. O jornalismo tende sempre a estar correndo atrás de desmentir determinadas informações, estas que só surgiam graças as redes sociais. Mas eu vejo esse novo meio de informação também como uma forma dos jornalistas tentarem colocar a informação verdadeira no pensamento das pessoas, acho que não existe uma ferramenta mais forte do que a rede social para fazer isso.

 

Para você, qual o melhor da profissão?

O melhor é a falta de rotina, esse é o mais legal do jornalismo. A variedade de assuntos é o que mais me encanta, e saber que as pessoas estão dando atenção para a aquilo que você faz, esses são os pequenos prazeres da vida.

 

Qual o pior da profissão no seu ponto de vista?

É quando não se agrada alguém, isso acaba sendo desagradável para o jornalista. Muitas vezes as pessoas não gostam do que falamos, principalmente as que estão erradas. Por exemplo, quando o jornalista denuncia algo errado que está acontecendo, tem que ter sangue frio e aguentar o que vem depois. Essa é a questão mais chata do jornalismo, mas é algo que não tem como evitar.

 

Você tem alguma dica para quem quer trabalhar nessa área de comunicação?

Persistência, essa é a dica que dou. Às vezes, o aluno está na faculdade e começa em uma área que não é do seu agrado, mas creio que tudo é experiência. Devemos ter paciência e tentar passar pela maioria dos setores possíveis, para aí descobrir o que gosta e seguir uma carreira.

 

Deixe um recado para os futuros jornalistas.

Para vocês, futuros jornalistas, tentem sempre ser correto na profissão, trabalhar com honestidade, expondo aquilo que é justo e certo. É assim conquistamos o público, sempre procurando trabalhar para ser exemplo.


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