Eduardo Coutinho é figura conhecida e marcante não só no cinema, mas em todo o campo cultural e da comunicação. Falecido em 2014, o cineasta e jornalista Coutinho deixou um legado único por meio de documentários que ressaltam e privilegiam narrativas de pessoas comuns. O documentário Banquete Coutinho, estréia de Josafá Veloso na direção, é capaz de emocionar e entreter até os que não conheceram o comunicador.
Contendo uma entrevista de 2012, a última concedida por Coutinho, o documentário mostra o viés inquieto do cineasta através não somente de sua fala, mas também de materiais de arquivo sobre suas obras.
O vídeo é uma abertura ousada para a oitava edição do festival que, mesmo com as incertezas referentes a desvalorização da cultura, acabou fluindo de maneira positiva. Emblemático, a escolha do documentário de Veloso não poderia ter sido mais certeira em conexão aos medos que permeavam a realização do evento, de tamanha importância para a cena do cinema nacional e estadual.
Eduardo Coutinho mostrava em seus materiais a mágica que, segundo ele, por meio de citação retratada no longa exibido ao festival, se desfaria caso prolongasse retratasse a rotina de seus personagens.
Com uma abertura de peso, o 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema segue com programação diária até o dia 13 de junho, com exibição prevista de 131 filmes nacionais e internacionais. São várias categorias, com destaque para a mostra Olhares do Brasil, que busca disseminar obras brasileiras e torná-las ainda mais conhecidas e importantes para o meio cinematográfico. Texto e imagens por Clarissa Casagrande
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