Um monólogo escrito e dirigido por Gerald Thomas e estrelado por Marco Nanini são os destaques da peça “Traidor”, apresentada no Teatro Guaíra, nos dias 29 e 30 de março. Com ingressos esgotados e uma plateia lotada, o espetáculo foi um dos chamarizes do Festival de Curitiba deste ano.
O espetáculo combina elementos de comédia com referências divertidas, contemporâneas e históricas e que ressoam com o público atual. Uma das principais características da peça é o desempenho de Marco Nanini, que cativa a plateia com seu monólogo envolvente. A peça retrata o fluxo de consciência do personagem principal, que se encontra sozinho em uma ilha e é acusado de um crime que não cometeu.
Durante suas reflexões, ele relembra sua participação na peça anterior de Gerald Thomas, intitulada “O Circo de Rins e Fígados”, criando uma camada adicional de significado à atuação de Nanini, estabelecendo uma ligação entre as duas obras.
O figurino é diverso e elaborado, a presença de figurantes, dança e um segundo plano ativo, enriquecem a experiência teatral. A música abrange desde clássicos até melodias mais instigantes, complementando a atmosfera do espetáculo. O cenário dispõe de adereços curiosos, com personalidade e que fazem uso de gelo seco para criar uma névoa mística de uma atmosfera intrigante. As cenas no segundo plano do palco desempenham um papel significativo na narrativa, proporcionando profundidade à encenação e fixando os olhares da plateia.
“Traidor” é envolvente, cativando a plateia com seu humor, referências contemporâneas e a atuação de Marco Nanini. Com um cenário elaborado, cenas secundárias que enriquecem a narrativa e uma trilha sonora diversa, a peça oferece uma experiência memorável.
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