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Quando a terra treme


Foto: Pixabay

Às 2h40 da manhã de um domingo (26/05), Tereza levanta de sua cama assustada como quem estava acordando de um pesadelo. O problema é que o pesadelo que começou no sonho, continuou após acordar. A terra estava tremendo na pequena cidade peruana Yurimaguas, banhada pelos rios Huallaga e Paranapura.

Quando a luz se apagou, Tereza abraçou seu filho Carlos e entoou a primeira oração que lhe veio na cabeça. Ela não sabia mais o que fazer. Ao olhar para fora viu o prédio vizinho desabar e suou frio, janela afora só era possível ouvir gritos de socorro e o ranger das construções. A moça de aproximadamente 28 anos, pegou seu filho e desceu as escadas do prédio em meio a outras famílias que ali moravam. Os corredores apertados e os corações de todos em aflição.

Aquela noite a mulher e seu filho tiveram que passar a madrugada em uma praça próxima de casa. Foi uma das piores noites de suas vidas. A população só conseguiu ter dimensão dos estragos depois que amanheceu. Quando Tereza fez contato com a família, recebeu a notícia que o terremoto tinha deixado pelo menos um morto na região e cinco feridos. E em cada abraço forte de seu filho, ela se lembrava do quanto estavam gratos pela vida.

Quando o presidente do Perú Martín Vizcarra chegou a Yurimaguas, ele pode avaliar a destruição e tentou acalmar aquela comunidade assolada. O primeiro impacto do tremor já havia passado mas Tereza continuou em orações, pelos vizinhos, pelos feridos, pelo filho, e na esperança de que catástrofes deste tipo não viessem mais a acontecer.

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