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O jornalismo é indispensável para uma sociedade democrática e plural

Uma história de compromisso com o jornalismo que ultrapassa a redação e desemboca na sala de aula. Este é um resumo do extenso currículo do professor e jornalista Miguel Angelo Manasses, que desde 2008 ajuda a formar os novos jornalistas no Paraná.

Doutorando e mestre em educação e graduado em Comunicação Social, Manasses atuou nas redações da Agência Paranaense de Notícias (AGPR) e do portal Paraná Online, tanto na época em que pertencia ao Grupo Paulo Pimentel, quanto depois, quando passou para o grupo GRPCOM. Atualmente ele é produtor na Tv Paraná Turismo, no Governo do Estado. Nas salas de aula, Manasses passou por várias instituições como Essei, Opet, Fae, Uninter e PUC lecionando disciplinas como história da comunicação, redação jornalística, revisor de conteúdos, laboratórios de jornalismo e mídias locais e regionais.

É esta vasta bagagem na prática jornalística e na academia que Manasses compartilha nesta nova edição da série de entrevista Fala, Jornalista!. Publicada quinzenalmente no portal Mediação, do curso de Bacharelado em Jornalismo pelo Centro Uninter, a série trás a cada entrevista as opiniões, dicas, desabafos e segredos de vários nomes do jornalismo. Confira abaixo como foi a conversa com o jornalista e professor Manasses.

Por que o jornalismo?

Porque o jornalismo nos oferece a oportunidade de colaborar com a transformação da sociedade, nos dá a chance de trabalhar a empatia, de conhecer e apresentar histórias de vida que merecem ser contadas, além de ser indispensável para uma sociedade que deseja ser democrática e plural.

Antes e depois do jornalismo: como a profissão te transformou?

Não digo que o jornalismo tenha me transformado, pois os valores de cada um são construídos com o tempo, mas o jornalismo me ensinou mais sobre solidariedade, embate, sofrimento, luta, enfim, me ajudou a encarar a vida de uma forma mais humana.

Qual o conselho você daria ao Miguel estudante de jornalismo?

Vivencie e faculdade desde o início. Aproveite todas as chances que lhe são oferecidas, faça estágio assim que puder. Passe por todos os veículos e mídias possíveis. Busque aprimorar as suas deficiências.

Qual o desafio das faculdades de jornalismo hoje?

Formar profissionais éticos e com espírito empreendedor, capazes de se desenvolverem em todas as áreas do jornalismo.

O melhor da profissão:

Vivenciar histórias diferentes todos os dias e poder contá-las.

O pior da profissão:

Presenciar a crueldade e a falta de empatia humanas

Quem são os teus ídolos no jornalismo?

Eu não diria que tenho ídolos no jornalismo, mas tive sim vários profissionais que busquei me espelhar tais como Fernando Mitre, Ricardo Kotscho, Ricardo Boechat, Eliane Brum, Dulcineia Novaes, Elio Gaspari, Caco Barcellos, Xico Sá, Luciano do Valle, entre outros.

Qual a melhor reportagem que você já fez ou produziu?

Nossa, foram tantas as reportagens feitas e produzidas nessas duas décadas que fica difícil escolher apenas uma, seria até injusto.

Tantas as reportagens feitas, fica

difícil escolher apenas

uma, seria até injusto.

O que não pode faltar na mochila de um jornalista?

O kit básico de sobrevivência de qualquer jornalista, inclusive para que não tenha que depender de tecnologia, é sempre o mesmo: canetas e papéis. Atualmente, sempre que possível, é importante também ter um celular carregado para registrar qualquer fato ou acontecimento, a qualquer momento.

O melhor amigo do jornalista é...

Conhecimento.

O jornalismo vai acabar?

Não há sociedade sem jornalismo, logo, o jornalismo só acabará quando não vivermos mais em sociedade.

Por que o jornalismo importa?

Porque o jornalismo é capaz de transformar o mundo, de denunciar as mazelas, as injustiças. Também porque o jornalismo é uma defesa contra o autoritarismo, contra o abuso de poder, assim como é fundamental em qualquer país que se diga democrático.

O jornalismo é fundamental em

qualquer país que se

diga democrático.

Lugar de jornalista é...

Em qualquer lugar que se faça necessária à sua presença.

Se não fosse jornalista seria...

Já tive outra profissão, assim como também sou professor e amo muito o que faço, mas mas sinceramente se não amasse mais à docência ou o jornalismo, eu não teria o menor constrangimento em mudar. A vida não é estanque.

Um recado para os futuros jornalistas:

Sejam éticos sempre, em todas as situações.

Quando começou a lecionar, encontrou dificuldades?

Eu leciono há mais tempo do que atuo como jornalista. Obviamente que os anos de experiência me deram bagagem e fui me aprimorando, mas as dificuldades sempre existem, em qualquer tempo. Cabe a cada um saber transpô-las da melhor forma possível

Que lição você daria aos estudantes de jornalismo para continuarem apostando na carreira?

Creio que a primeira grande questão é amar o que se faz. Pense que em tese você vai abraçar esta profissão, sendo assim, você precisa amá-la, até porque engana-se quem acha que jornalismo é glamour, até porque vivenciamos alegrias e tristezas diariamente. Contudo, se a mosquinha do jornalismo te pegou então estude, se atualize, busque também aprimorar o seu conhecimento técnico. Náo tenha soberba. Saiba que ninguém é melhor do que ninguém. Atue de forma profissional e responsável e, em todas as situações, seja ético.

Você precisa amá-la, até porque

engana-se quem acha

que jornalismo é glamour.

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