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Por que não tem paquita preta? Por quê?

A atriz, cantora e compositora Simone Magalhães traz uma série de reflexões sobre preconceito racial e de orientação sexual no seu show Porque não tem paquita preta?. O espetáculo, que integra a mostra Fringe, junto ao Festival de Curitiba, foi realizado no último dia 30, no Teatro Universitário de Curitiba (TUC).

Mulher, pobre e latino-americana, Simone aprendeu a cantar com sua mãe em uma igreja evangélica, e neste show coloca em composições autorais suas críticas aos preconceitos dirigidos ao corpo da mulher preta sapatão.

Simone cativou o público, enfocando seu objetivo: conscientizar e promover questionamentos sociais. “O objetivo do show é fazer uma reflexão de onde está a mulher negra na sociedade, onde está a negra sapatão na sociedade”, explica a cantora.


Para a atriz Victoria Flach, 18 anos, o espetáculo é essencial para a sociedade, pois revela perspectivas diferentes ao ser humano. Espectadora do show, Victoria comenta também a relevância da protagonista . “O show da Simone é maravilhoso. Ela é uma grande atriz, uma grande mulher que traz questionamentos importantes na sociedade. Sempre é um prazer assisti-la”, afirma.

O monólogo começa com a leitura de um breve texto. Após isso, com o violão em mãos, ela começa a contar sua vida por meio de suas músicas inteiramente autorais. Durante o espetáculo, Simone fez breves pausas para conversar com a platéia. A principal música tocada foi a que dá nome ao espetáculo: “Por que não tem paquita preta?”.

Toda a apresentação foi produzida pela Selvática Ações Artísticas, um coletivo de artistas que trabalham de forma colaborativa. A Selvática apresenta espetáculos em diversas cidades do Brasil, da América Latina e Europa. A peça foi gratuita, mas quem quisesse poderia contribuir com qualquer valor. O dinheiro arrecadado foi revertido para a artista do show, Simone Magalhães.

Texto, vídeo e fotos: Camila Toledo e Icaro Couto

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