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Poder hegemônico da Globo é mito, segundo Leonêncio Nossa, biografo de Roberto Marinho


Créditos: Print do vídeo

Fundada pelo jornalista Roberto Marinho, o Grupo Globo é a principal empresa de comunicação do Brasil. O canal de televisão que faz parte do maior conglomerado de comunicação da América Latina, atualmente se tornou também a segunda maior emissora de TV do mundo, ficando atrás apenas da ABC, dos Estados Unidos. O livro "Roberto Marinho: o poder está no ar" escrito pelo jornalista Leonêncio Nossa, se propõe a contar parte da história do ex-presidente do Grupo Globo. Publicado em 2019 pela Nova Fronteira, o jornalista aborda a vida de Marinho do período de 1904 a 1969.

Com o tema "A popularidade da Rede Globo está em xeque?", o jornalista respondeu ao questionamento durante o programa Literacia da Mídia, exibido nesta quarta-feira (02). "Em vários momentos ela sempre esteve em xeque. É um mito dizer que a Globo sempre manteve um poder hegemônico e forte na sociedade. O poder dela sempre está sendo questionado, isso não é de hoje, isso é de sempre. Quando o Roberto Marinho assumiu o jornal do pai que era O Globo, ele foi questionado. Depois ele entra na área de gibis e é muito questionado. Assim como no início da Rádio Globo, onde a rádio foi absolutamente atacada pela intelectualidade da época. A TV também sempre foi muito atacada e não seria diferente com o noticiário da Globo, que é uma das causas de maior atrito entre os atores políticos", comenta Nossa.

Com a pandemia do novo coronavírus a emissora têm sofrido uma queda de audiência. Um levantamento feito pelo Notícias da TV, mostrou que o Jornal Nacional - principal noticiário do país -, perdeu o equivalente a 10% da sua audiência comparado ao mês de Março, quando a emissora teve o melhor índice do ano. Sobre essa queda de audiência, Leonêncio Nossa associa a alguns fatores, como o aumento da concorrência.

"A questão da pandemia e a perda de audiência é algo que têm elementos diferentes nesse debate para a gente buscar tentar entender. Às vezes o noticiário, nesses momentos trágicos e de isolamento, ele é muito enfadonho. Mesmo para nós que vivemos o jornalismo 24 horas. O tempo hoje é bem outro, daquele período dos anos 80, em que a Globo tinha uma audiência estratosférica. Hoje você tem uma produção muito maior, você não tem alguns grupos que fazem produção. Hoje, pequenos grupos estão produzindo conteúdo tanto jornalistico quanto ficcional. Então, é muito natural que ela hoje tenha que enfrentar uma grande concorrência", esclarece Nossa.

No programa, o jornalista revelou ainda estar preparando a segunda fase do livro, onde abordará o período de 1969 até o falecimento de Roberto Marinho, em 2003. O conteúdo completo da entrevista realizada pelos professores Guilherme Carvalho e Mauri König pode ser conferido no canal Jornalismo Uninter no Youtube.

Quem é Leonêncio Nossa

Leonêncio Nossa é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo, já atuou em veículos como A Gazeta, Jornal do Brasil, Época e, desde 2001, trabalha no Grupo Estado. Vencedor de prêmios como Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, Embratel de Jornalismo entre outros, o jornalista além de escrever a biografia de Marinho, também é autor de vários livros como "Viagens com o presidente" (em parceria com Eduardo Scolese), "Homens invisíveis" e “Os meninos do Contestado”, publicados em O Estado de S. Paulo.

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