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O Jornalismo me deu uma inquietação boa, dando vontade de entender o lado do outro, diz Thaís Traven

Ver o mundo de outra forma, saber se colocar no lugar das pessoas, sentir como elas se sentem ao tratar um assunto, sempre com respeito e compaixão. É assim que a jornalista Thaís Travençoli vê o Jornalismo. Thaís é formada em Jornalismo pela UniBrasil, já trabalhou na CATVE, Rede Mercosul, Record News Paraná e TV Assembleia (Assembleia Legislativa do Paraná). Atualmente ela é repórter da Rede Independência de Comunicação (RICTV|Record TV). Ela é a entrevistada da série Fala Jornalista!, do Portal Mediação. O projeto traz o perfil de jornalistas com dicas, opiniões e relatos de experiências sobre a profissão. Já passaram pelo portal os jornalistas Wilson Soler, Marcos de Patto, Daiane Andrade, Rogério Galindo, Marcus Reis e Amanda Audi.

Confira a entrevista a seguir:

Por que o jornalismo?

Por acreditar que é possível melhorar a vida das pessoas através desta profissão. Por acreditar que através do jornalismo posso questionar, informar, de alguma forma, ajudar pra que as pessoas vivam melhor.

"É possível melhorar a vida das

pessoas através desta profissão."

Antes e depois do jornalismo: como a profissão te transformou?

A profissão me fez ver o mundo diferente. Não basta informar ou contar uma história bonita ou triste. É preciso se colocar no lugar do outro, respeitar os limites do outro, respeitar as palavras, a entrevista, a história do outro. O jornalismo me deu uma inquietação boa. Vontade de estar, de entender, de perguntar sobre muita coisa, de viver olhando o mundo com os olhos da compaixão e do respeito pelo outro

Qual o conselho você daria à Thais estudante de jornalismo?

Thais, eu sei, tem dias que bate um desespero. Medo do mercado de trabalho, medo do futuro profissional, medo de não conseguir exercer essa profissão, mas acredite: valerá a pena. Não estou falando de dinheiro. Falo de estar perto das pessoas, de exercer o jornalismo pensando no coletivo, de fazer a diferença na vida das pessoas. É isso. É assim que valerá a pena. Continue, Thais

Qual o desafio das faculdades de jornalismo hoje?

Aproximar os estudantes da prática do jornalismo, da realidade das redações e da apuração nas ruas. Acredito que ainda é possível mais do que já é feito em muitas instituições. É preciso vivenciar as redações de jornais, rádios, tvs.

O melhor da profissão:

Estar todo dia num tema diferente, ouvir histórias diferentes, estar em lugares diferentes.

O pior da profissão:

Ver de perto a desigualdade e nem sempre poder ajudar a mudar esse cenário.

Quem são os teus ídolos no jornalismo?

Carla Cecato (Apresentadora do Fala Brasil), Heródoto Barbeiro (Record News) e Sandra Annenberg (Rede Globo).

Qual a melhor reportagem?

“A estrada da fome” (Repórter Record Investigação). Mostra pessoas que lutam para sobreviver no Brasil. Gente que não tem o que comer.

O que não pode faltar na mochila de um jornalista?

Papel, caneta e algo pra comer.

O melhor amigo do jornalista é...

Amigo eu não me arrisco. Amiga eu digo que é intuição.

O jornalismo vai acabar?

Jamais. Enquanto houver sociedade, haverá jornalismo.

Por que o jornalismo importa?

Porque informa, alerta, questiona, porque é capaz de contribuir para uma sociedade melhor. Porque é capaz de ajudar na construção de uma sociedade com direitos sociais respeitados.

"Porque informa, alerta, questiona,

porque é capaz de contribuir

para uma sociedade melhor"

Lugar de jornalista é...

Perto das pessoas.

Se não fosse jornalista seria...

Médica.

Um recado para os futuros jornalistas:

Ainda há muito a ser feito. Sejamos nós parte da construção de uma sociedade menos desigual. Avante!

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