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Beto Richa: de Amigo da Criança a vilão da educação básica

“Ascensão e queda, são os dois lados da mesma moeda. Tudo é igual quando se pensa em como tudo poderia ser. Há tão pouca diferença e tanta coisa a escolher”, já ditou Engenheiros do Hawai na clássica música e tão cheia de significados “A Revolta Dos Dândis II”. O ídolo que se ergue, o ídolo que é derrubado.

É mais ou menos isso que vemos na política paranaense nos últimos anos. Virou rotina no noticiário: o ex-governador Beto Richa se tornou réu pela terceira vez na Operação Quadro Negro. Depois que perdeu o foro privilegiado, ele já foi preso e solto três vezes em operações diferentes.

Além da Quadro Negro, ele é investigado nas operações, Rádio Patrulha, onde é apontado como chefe de organização criminosa, e na Operação Integração - braço da Lava Jato, onde é acusado de participar de esquema de pagamentos e vantagens indevidas pelas concessionárias de pedágio do Paraná.

Segundo as investigações da Operação Quadro Negro, o ex-governador destinou R$ 20 milhões de reais à construtora Valor, referentes à construção e reforma de escolas do estado, entre 2012 e 2015. Porém, essas obras nunca foram realizadas.

Ele também é acusado, de promover oito aditivos contratuais em obras de escolas públicas estaduais, para aumentar o valor repassado à construtora, em R$ 4,924 milhões. Em denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a construtora Valor teria sido orientada a propor um valor baixo na licitação para que vencesse o certame. Assim, seria compensada posteriormente com aditivos contratuais.

Em 2006, Beto Richa recebeu o prêmio de Amigo da Criança, concedido pela UNESCO, por conta de seu massivo investimento no ensino fundamental quando ainda era prefeito. No ano seguinte, 2007, foi eleito o “Melhor Prefeito do Brasil”, em avaliação dos Institutos Brasmarket e DataFolha.

A imagem de bom moço, construída ao longo dos seus 27 anos na política, é uma lembrança distante. Por enquanto, o legado que o acompanha dos seus tempos na política é a sua influência. Única coisa capaz de explicar como ele consegue se livrar da prisão.

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