O 8º Seminário de Pesquisa em Comunicação Uninter aconteceu entre os dias 14 e 15 de julho. Com o tema “Pesquisa em Comunicação: retomada e enfrentamento”, o evento recebeu pesquisadores e estudantes de todas as partes do país. Realizado pelo grupo de pesquisa Comunicação, Tecnologia e Sociedade da Uninter, o seminário contou com 67 apresentações de trabalhos, voltados para os temas de Mídia e Tecnologia, além de Comunicação, Consumo e Cibercultura.
Um dos destaques da programação foi a mesa de abertura, na qual palestraram a Dra. Lucia Santaella, professora na PUC/SP e o Dr. Francisco de Assis, professor na ESPM/SP. A mediação foi feita pela Dra. Ana Heck, professora na Uninter.
Durante a palestra, Santaella apresentou sua pesquisa sobre o que ela chama de a Segunda era da Internet, que trata de temas bastante relevantes para pensar a comunicação nos dias de hoje. A era atual seria focada nos atributos gerais do contemporâneo, que são: hibridismo (uma cultura de todas as culturas), emaranhado temporal (abandono da visão linear do tempo) e aceleração (a cultura da aceleração). Ela explicou que as redes sociais são as camadas mais visíveis da cultura, cuja observação nos permite constatar que vivemos em uma cultura da aceleração. A pesquisadora citou Otavio Paz, ao dizer que "uma civilização se define pela concepção que a anima. Cada civilização é uma visão do tempo”. Santaella finalizou explicitando sua posição como militante para o avanço do conhecimento e afirmou o seu lema: “do bem entender para melhor agir".
O professor Francisco de Assis, por sua vez, falou sobre a Pesquisa Aplicada no Jornalismo, a qual ele apresenta também como um projeto político. “O critério para essa pesquisa como projeto político é estar na compreensão do mundo e das mudanças do mundo, e na compreensão crítica desse mundo e dessas mudanças.”
A sua pesquisa teve três principais pontos, que foram: garantir a existência de práticas jornalísticas que sejam boas para a sociedade; a pesquisa em jornalismo não pode desconsiderar o ambiente cultural em que esse jornalismo está inserido, e a abordagem da nova tecnologia, o Chat GPT, sendo usado fora de contexto no jornalismo.
“A pesquisa aplicada interessa ao campo do jornalismo, porque demanda encontrar problematizações que gerem reflexões e resultados que possam ser aplicados ao seu cotidiano”, avaliou o professor.
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