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No Dia dos Jornalistas, professores destacam a importância da profissão em meio à pandemia

Mesa redonda pública promovida pelos professores do curso de jornalismo da Uninter foi transmitida ao vivo pelo Youtube.

Os professores do curso de Jornalismo da Uninter realizaram uma mesa redonda sobre a importância do jornalismo em tempos de pandemia. O debate foi transmitido ao vivo pelo canal do curso no Youtube, na última terça-feira (07), data em que se comemora o Dia do Jornalista. O bate-papo foi motivado pelo crescimento da relevância, confiança e consumo de produtos jornalísticos na cobertura sobre a proliferação do novo coronavírus. Os internautas que acompanharam a atividade também puderam enviar perguntas e comentários aos professores.

Mônica Fort expressou sua opinião, ressaltando que é nestes momentos de crises que as pessoas se lembram que é no jornalismo onde se pode ter uma informação bem apurada. “Eu acredito que a imprensa sempre teve credibilidade. Em alguns momentos, nós ficamos com a credibilidade abalada, porque nós temos observado que é principalmente por influência política e distorção de informações que chegam às pessoas com cara de jornalismo, mas que não são notícias apuradas, não tem um veículo por trás, chancelando aquele conteúdo, dando a credibilidade. Nós temos formação técnica, formação ética, formação social para levar ao público uma informação apurada, pesquisada e confirmada por especialistas e autoridades no assunto”, defendeu.

André Corradini destacou que percebe um retorno das pessoas ao consumo de jornalismo. “Essa situação que nós estamos passando deu uma revertida nisso de forma que eu acho, até, que não vai ter volta. Porque esse tipo de hábito de assistir os telejornais, de assistir e ter essa credibilidade que a professora Mônica está falando, de ter a possibilidade desse acesso com pesquisas, com fontes, é um caminho sem volta. Então, com todos esses problemas, é uma lição boa que a gente consegue tirar, a volta dessa geração mais nova em assistir aquilo que nós estávamos acostumados, que sempre foi tradicional para a nossa geração”.

Em sua fala, Karine Moura comentou sobre como a televisão tem sido a principal referência neste momento para as pessoas e sobre o papel do jornalista na seleção e tratamento das informações cedidas pelas fontes. “Tem também um papel muito importante quando a gente vai trabalhar com a questão de fontes, que o jornalismo tem feito seu papel no sentido de buscar as fontes, pesquisadores e ouvir cientistas. A gente sempre fala de ouvir os especialistas, que os jornalistas tem que fazer isso, mas tem procurado também diversificar, trazer pessoas que estão acompanhando realmente, que tenham as informações, que tenham dados”.

Marcia Boroski fez uma breve análise dos dados de pesquisas sobre a mídia no Brasil. “É curioso que de toda a porcentagem de pessoas que responderam (a pesquisa do DataFolha), 72% se dizem bem informadas, 24% se diz mais ou menos informadas e o restante, uma parcela mínima, se diz não informada. Então, esse próprio reconhecimento de uma informação que está como bem informado, diz da própria qualidade desses meios. O que depõe a favor de vários medos na área que a gente tinha de como pensar a credibilidade desses meios de comunicação”, comenta.

Mauri Konig pediu que se imaginasse como seria se não tivéssemos mais veículos de comunicação ou um espaço para o jornalismo. Segundo ele, estaríamos em um estado de barbárie. “O jornalismo, na verdade, ele nunca saiu de crises. Sempre surgiram crises e o jornalismo teve que se sobressair e isso é cada vez mais forte. E eu acho que as pessoas têm consciência, por mais que elas não tenham uma instrução escolar, elas sabem o valor que uma informação bem apurada tem para a sua vida. Porque, nas suas decisões, ela vai se ancorar em decisões bem construídas e mais científicas para tomar suas decisões".

Um dos espectadores da mesa redonda, o estudante de jornalismo Arthur Salles, perguntou se o aumento da credibilidade da imprensa seria ocasionado por alguma mudança de práticas jornalísticas ou justamente por procedimentos já consagrados na profissão.

A questão foi respondida por Alexsandro Ribeiro: “Não é um ganho de credibilidade, mas uma retomada na verdade. Parto pelo menos desse olhar de que num momento, que é um momento sensível, a gente não pode perder de vista justamente isso, que a gente está vivendo uma situação muito bem específica, não encontrada antes, pelo menos não numa história recente. Então, nesse momento específico, o jornalismo tem sido visto socialmente justamente como uma instituição muito importante em dar a informação, em dar a orientação para que as pessoas possam justamente se conduzir nesta situação”.

Para o coordenador do curso, Guilherme Carvalho, que mediou o debate, o evento cumpriu um importante papel pedagógico. "Um dos objetivos era propor um debate público para os alunos e outras pessoas interessadas em jornalismo, a fim de demonstrar como o jornalismo é importante em nossas vidas. Em tempos de ataques governamentais, fake news e desinformação, recrudecidos pelo contexto da pandemia, os jornalistas estão provando que esta é uma atividade essencial para um sociedade mais consciente", diz.

A mesa redonda com os professores do curso de jornalismo obteve, até a publicação desta matéria, mais de 700 visualizações, e inúmeros comentários de perguntas e elogios feitos pelos estudantes que acompanharam a live.

Camila Borges, que acompanhou o debate, relacionou a mesa redonda aos ensinamentos no curso de Jornalismo da Uninter. “Assim como aprendemos logo no início do curso, noticia boa, é notícia relevante. Acredito que, hoje, a Covid-19 é o assunto mais importante do momento, por isso ela é tão predominante nos jornais".

Já Claudio Vaz Junior, aluno do curso em Nova Jersey, Estados Unidos, disse que "mais da metade de casos aqui dos Estados Unidos foram registrados. A informação é extremamente importante".

Fotos: Reprodução/Youtube

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