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Opressão nas telas do Cinema Brasileiro


A imprensa divulgou que o filme “Marighella”, dirigido por Wagner Moura, foi lançado no Festival de Cinema de Berlim. Baseado na biografia, escrita por Mário Magalhães. Escolhido entre tantos personagens da ditadura, por ser Carlos Marighella, tão controverso e multifacetado quanto o período em que viveu no comando da luta armada da extrema esquerda brasileira. Político, herói guerrilheiro, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN) e assaltou o trem pagador. Propagandista político, editou o medíocre manual do guerrilheiro, desmoralizando a classe dominante do país. Chamado de terrorista quando morto por policiais em 1969.


História essencial para a historiografia brasileira, mostra a crueldade e o recrudescimento da ditadura militar, após a decretação do Ato Institucional 5 em 1968. Decreto que fechou o congresso, perseguiu, torturou, matou, exilou e desapareceu com os militantes, instituiu a censura e acabou com liberdade de expressão. O período mais rigoroso e cruel do regime militar, denominado de “anos de chumbo”, se estendeu até 1974.

O “disforme” milagre econômico, o pleno emprego, a copa de 1970 e a chegada da televisão em cores ao país, aconteceram dentro deste período. Wagner Moura, compara os assassinatos de Carlos Marighella e Mariela Franco, numa alusão ao que acontece no Brasil hoje. Traz à tona a perversidade dos governos militares da época, sem deixar de “provocar” o atual.

Delicada democracia vive a nação brasileira, com incertezas políticas desde as manifestações de julho de 2013, com o impeachment de uma presidente eleita pelo povo. Ex-presidentes presos e eleição de um militar da reserva do exército Brasileiro, simpatizante da ditadura ironiza seus crimes e determina a comemoração dos 50 anos do golpe militar.


O que é mesmo um “estado de exceção”?


Foto: Pixabay

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