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Acidentes fatais com motociclistas em Curitiba diminuem 11% a cada ano desde 2009


Em média 120 mil motos são vendidas na cidade de Curitiba. Foto: Feliphe Muniz Vieira Abreu e Bruno Curuca

Desde 2009, o número de acidentes com motociclistas tem diminuído 11% ao ano na cidade. Novas leis, tecnologias e um motociclista mais consciente são alguns dos fatores que tem contribuído para a queda desses números.

Fernanda Queiroz quase entrou para a triste estatística no ano de 2008 em que contabilizou 143 mortes. Ao retornar de uma festa às duas da madrugada, ela que estava na garupa da moto foi atingida por um carro que cruzou a preferencial. O acidente que aconteceu na avenida Cândido Hartmann, resultou em duas cirurgias no fêmur e uma dura recuperação através de sessões de fisioterapia.

Segundo Karolline Maria dos Santos, advogada especializada em direito do trânsito, esse fenômeno inversamente proporcional pode ser explicado por dois motivos. A conscientização do motorista e a ampliação e melhor execução das leis do código de trânsito. Na questão da conscientização, a advogada aponta a tecnologia como principal aliada do motorista.

“Nos últimos anos, com a evolução dos smartphones, disponibilização em massa de internet e a difusão de profissionais especializados em Direito do Trânsito, a população tem tido mais acesso às informações, o que contribui para a prevenção de infrações e ocorrências negativas no trânsito. E com o aumento da fiscalização pela Administração Pública, maior rigorosidade dessas sanções e maior difusão de informações pelos avanços da tecnologia, a população ficou mais consciente tanto na área preventiva quanto na procedimental”, explica ela.

Infográfico: Feliphe Muniz Vieira Abreu e Bruno Curuca

Mudanças no Código de Trânsito

Entre as principais mudanças no código, a advogada Karolline destaca a lei 12.009 de 2009 que regulamenta o exercício de atividades do mototaxista, motovigia, motoboy e motofrete. Essa lei também alterou a lei 9.503 de 1997 e começou a estabelecer exigências com relação aos veículos e critérios mínimos para que esses trabalhadores possam desenvolver suas atividades com maior segurança. Dentre os requisitos o motociclista deve ter completado 21 anos, possuir habilitação há pelo menos dois anos na categoria, ser aprovado em curso especializado e estar vestido com o colete de segurança retrorrefletivo.

Os números não mentem e quanto mais completo for o código de trânsito, mais vidas podem ser salvas. “O maior rigor das aplicações de sanções e multas, inegavelmente, também vieram a remediar na parte preventiva das ocorrências de trânsito. Hoje em dia, com maior acesso à informação sobre como prevenir, bem como sobre as consequências em âmbito civil e criminal dessas infrações, o motociclista pensa duas vezes antes de cometer uma imprudência, negligência ou imperícia no trânsito", enfatiza a advogada.

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