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Amanda Zanluca

Estudantes da Uninter ganham prêmio de jornalismo de dados com reportagem sobre mortes por transtorn


A primeira edição do Prêmio Livre.jor de jornalismo mosca já tem os seus ganhadores. O reconhecimento concedido pela agência de notícias Livre.jor, reforça a importância do acesso à informação. A revelação dos ganhadores realizada em 25 de outubro faz alusão à data do assassinato do jornalista Vladimir Herzog pelos militares durante a Ditadura Militar, em 1975.

Os 28 trabalhos inscritos nas categorias profissional e universitário foram avaliados pelos jornalistas Alexsandro Ribeiro, João Frey e José Lázaro Jr., Rafael Moro Martins.

Lázaro Jr. explica que a categoria mais difícil para a escolha dos premiados foi a de universitários.

"A gente acaba demandando, com um prêmio, que os estudantes tem que ter uma postura mais profissional, mais focada e mais criativo do que geralmente a academia exige. Então, não é só um trabalho com base. É um trabalho com dados que tem alguma percepção, alguma malícia que é bem utilizada para a apuração de um fato de interesse público", afirma.

"A imprensa hoje tem o Prêmio Comunique-se para premiar as celebridades mais conhecidas do jornalismo. O Brasil também já tem o Prêmio Vladimir Herzog para premiar reportagens de direitos humanos que são relevantes. E começou esse ano também o Prêmio de Jornalismo de Dados para premiar reportagens feitas a partir de dados. O Prêmio Livre.jor entra para trabalhar na intersecção desses campos. Ele exige dados, mas não só os dados. Exige uma atenção voltada para os direitos humanos e para o interesse público. E ele provoca as celebridades a fazer um jornalismo mais provocativo. Então nós trabalhamos meio que na intersecção desses três principais prêmios de jornalismo hoje no Brasil", completou Lázaro.

Na categoria universitária, as estudantes Cláudia Freire, Juliana Veiga e Millena Prado do curso de jornalismo do Centro Universitário Uninter, ficaram em segundo lugar com a matéria “Homens representam 71% das mortes por transtornos da mente e de comportamento“. O trabalho que foi produzido em um dos Projetos Laboratoriais do curso, revelou que em cinco anos ocorreram mais de 63 mil mortes no Brasil por transtornos mentais e comportamentais. Segundo Lázaro Jr., "elas (as alunas premiadas) encontraram números que não são comuns na impressa. Deram um enfoque interessante para isso e aproveitaram para incorporar personagens e outras situações".

A estudante Milena Prado que está no terceiro ano do curso de Jornalismo é uma das premiadas. Ela conta que foi a primeira grande reportagem com base em dados, e que uma das maiores dificuldades para o grupo foi definir a pauta. "Quando a gente trabalha com dados, são eles que precisam nos dizer qual é a informação mais importante que tem ali. E quando a gente é estudante, acabamos olhando para aquelas planilhas com tantas informações e pensamos: 'Vou procurar isso!', 'Vou achar aquilo', mas são os dados que nos falam o que é mais relevante jornalisticamente", completa ela.

Além do aprendizado, ela também diz se sentir honrada por ter ganhado seu primeiro prêmio. "Quando a gente soube que éramos finalistas, foi uma baita alegria, por termos inscrito a nossa primeira reportagem de dados. E, na sexta (25), nós três passamos o dia todo atualizando a página do Livre.jor, esperando o resultado. É uma honra, e nós não conseguiríamos sem a ajuda dos nossos professores", conta Prado.

Próxima edição

A agência já planeja fazer outra edição no ano que vem. "É uma iniciativa que deu certo e que mostra uma demanda por esse tipo de prêmio, no país. Então, com certeza, faremos outra ano que vem", afirma Lazáro Jr.

Imagem: Infográfico da reportagem produzida por alunas de jornalismo da Uninter.

Crédito: Juliana Veiga

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